Testes de Dengue
1. Teste NS1
- Tipo de teste: Antígeno NS1.
- Material usado: Amostra de sangue.
- Como é feito: O teste NS1 detecta a presença de um antígeno viral chamado NS1 no sangue do paciente. Esse teste é especialmente útil nos primeiros dias da infecção (1 a 7 dias após o início dos sintomas).
- Vantagens: Alta sensibilidade nos primeiros dias da doença. Pode confirmar a dengue mesmo antes da aparição dos anticorpos.
2. Testes sorológicos (IgM e IgG)
- Tipo de teste: Sorologia para IgM e IgG.
- Material usado: Amostra de sangue.
- Como é feito: Esses testes medem os anticorpos específicos contra o vírus da dengue no sangue. IgM geralmente começa a ser detectável a partir do 4º ao 5º dia de doença, aumentando nas duas semanas seguintes e declinando após 2 a 3 meses. IgG aparece mais tarde e pode permanecer no corpo por muitos anos, indicando uma infecção passada ou imunidade.
- Vantagens: Útil para diagnóstico tardio e para determinar se a pessoa teve uma infecção prévia por dengue.
3. PCR (Reação em Cadeia da Polimerase)
- Tipo de teste: PCR.
- Material usado: Amostra de sangue.
- Como é feito: Este teste identifica a presença do material genético (RNA) do vírus da dengue no sangue. O PCR é altamente específico e pode ser usado para identificar o tipo específico de vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 ou DENV-4).
- Vantagens: Extremamente preciso e útil para diagnóstico precoce. Pode ser realizado nos primeiros 5 dias após o início dos sintomas.
Considerações Adicionais
- Quando fazer o teste: Idealmente, o teste deve ser feito assim que os sintomas da dengue aparecerem, especialmente se a pessoa estiver em uma área onde a dengue é comum.
- Interpretação dos resultados: Resultados positivos indicam a presença de infecção por dengue, mas devem ser interpretados junto com os sintomas clínicos e histórico do paciente.
- Disponibilidade: A disponibilidade dos testes pode variar dependendo do local e da capacidade do sistema de saúde.
Esses testes são essenciais para confirmar o diagnóstico de dengue, permitindo um manejo clínico adequado e oportuno, e para evitar o uso inadequado de medicamentos que poderiam agravar o quadro do paciente.
Sobre a vacina
A vacina contra a dengue, chamada Qdenga, está disponível no Brasil desde o início de 2024 através do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela é distribuída prioritariamente em regiões com alta transmissão da doença. Inicialmente, a vacina está sendo oferecida para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, especialmente em grandes municípios (com população igual ou maior do que cem mil habitantes) que apresentaram alta incidência nos últimos dez anos. Este grupo etário foi escolhido devido ao alto número de hospitalizações por dengue registrado anteriormente.
A estratégia de vacinação é baseada na disponibilidade limitada de doses, com o Brasil recebendo um total de 5,2 milhões de doses para o ano de 2024, com expectativa de expansão para o próximo ano. Além do público prioritário, a vacinação pode ser expandida para outras faixas etárias em situações específicas, como municípios com doses prestes a vencer, onde pode ser aplicada em crianças de 6 a 16 anos.
Quanto à segurança e eficácia, a vacina Qdenga mostrou-se eficaz contra os sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue, com eficácias variando entre 69,8% e 95,1%, dependendo do sorotipo. A vacina também é segura para uso em pessoas que já tiveram dengue anteriormente, sendo recomendado um intervalo de seis meses após a infecção para a vacinação.
Para aqueles não inclusos no programa de vacinação do SUS, a vacina Qdenga está disponível na rede privada, sendo necessárias duas doses com intervalo de três meses, com cada dose custando a partir de R$ 350.
Essas informações foram extraídas de anúncios e documentos oficiais do Ministério da Saúde, refletindo o compromisso contínuo do Brasil com o controle e prevenção da dengue através de esforços combinados de vacinação e combate aos criadouros do mosquito transmissor.